segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Os primórdios da fotografia

No século XVI , já se sabia projetar uma imagem utilizando uma câmara escura, mas não se conhecia
a maneira de a registrar.

Em 1826, o francês Joseph Niepce ( 1765-1833 ) tirou a primeira fotografia.

Revestiu uma capa de metal com substâncias químicas sensíveis à luz e, utilizando uma câmara escura , projetou uma imagem na chapa. A exposição durou oito horas e a imagem que obteve era pouco nítida . Esse processo foi batizado por Niépce como heliografia: gravura com a luz solar.



Em 1837, o francês Louis Daguerre ( 1787-1851 ) aperfeiçoou o processo de Niepce, criando o tipo de fotografia conhecido por daguerrótico.

Em 1839, o inglês William Fox Tabolt (1800-1877 ) inventou um processo de produzir fotografias em negativo do qual se podiam obter muitas reproduções em positivo.

Já se passaram 188 anos da primeira captura de uma imagem pelo homem e nesse período a fotografia já passou por muitas fases, formas e instrumentos de captura, até chegar aos dias atuais e na moderna tecnologia digital.

O processo fotográfico que no início era complicado, custoso, pedia grandes investimentos, conhecimento técnico (e muita experimentação nos seus primórdios) e por isso de acesso restrito às pessoas, no geral, se modificou, se tornando acessível ao longo de seu desenvolvimento ao público em geral.

O início da fotografia digital

No final dos anos 60 foi desenvolvido, pela Bell Labes, o primeiro CCD, que foi lançado comercialmente pela Fairchild Imaging em 1973. Tinha o nome de 201ADC e capturava imagens com resolução de 0,01 megapixels (100 pixels)
Em 1975 a Kodak lança um protótipo de uma câmera sem filme baseado no CCD Fairchild. Foi desenvolvida por um de seus engenheiros elétricos, Steve J. Sasson. Era grande e volumosa (e nem podia ser diferente com a tecnologia disponível à época), pesando 4 quilos gravava as imagens – em preto-e-branco – em uma fita cassete. Sendo que cada imagem levava 23 segundos para ser gravada. Utilizava um conversor analógico-digital da Motorola e uma lente 35mm de uma câmera Kodak. Era alimentada por 16 baterias de níquel-cadmio.




Em 1976 a Fairchild lança a primeira câmera comercial da história a MV-101, baseada no projeto Kodak.

A primeira câmera de status completamente digital foi a Fairchid All-Sky Camera, que lançada em 1976, processava suas imagens através de um microcomputador acoplado, o Zilog Mcz 1/25. Era baseada no CCD 201ADC e foi desenvolvida pela universidade de Calgary,no Canadá e era usada basicamente para fotografar auroras boreal.

O primeiro grande impulso para o mercado consumidor se deu no dia 25 de agosto de 1981 com o lançamento, pela Sony, do modelo MAVICA (Magnetic Video Camera). Capturava imagens em 0.3 megapixels (300.000 pixels) e custava $ 12.000,00. Armazenava até 50 imagens em disquetes de 2 polegadas adaptados pela Sony para esse fim, chamados Mavipacks. As imagens eram visualizadas em TVs ou monitores de computador. Era uma câmera SLR (Single Lens Reflex) e foi lançada com 3 lentes – 25mm F2.0, 50mm F1.4 e uma 16-65 1.4 zoom. Tinha somente uma velocidade de disparo (obturador) de 1/60 e ISO 200. Era alimentada por 3 pilhas formato AA.

Era basicamente uma câmera de TV que congelava imagens (daí o termo Digital Still Camera que por muito foi usado para designar as câmeras digitais) e utilizava 3 ccds para proporcionar uma captura colorida.


Mas a tecnologia se torna mais acessível ao grande público a partir de 1988 quando a Sony lança os modelos Mavica MVC C1 Personal Camera e MVC A10 Sound Mavica (essa com capacidade de gravação de som). Custavam $ 230,00 e $ 350,00. As imagens eram visualizadas na TV. Tinham lente 15mm F2.8, flash incorporado e velocidades de disparo entre 1/60 e 1/500.

Fotografia colorida

A fotografia colorida foi explorada durante os anos de 1800. 0s experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia nem prevenir a cor de enfraquecimento. A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, não chegou ao mercado antes de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata. O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963.

A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de diapositivos ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. A último é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de fotoimpressão automático.

Fotografia digital

A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes (como correspondentes de órgãos de imprensa) sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento de pressão para transferir imagens aos jornais mais rapidamente. Fotógrafos em localidades remotas carregariam um minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital nasceu.

Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão provavelmente substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora.

A Kodak anunciou em Janeiro de 2004 que não vai mais produzir câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o fim desse ano. Entretanto, a fotografia "líquida" vai durar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais.

Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz num código electrónico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado num cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível tambem transferir os dados diretamente para uma impressora, gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado.

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