sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Visitando o lada de lá



Hoje é dia de um “fazer de conta” legal, tipo ir visitar o pessoal que está do outro lado.

Começando pela mamãe, que acabou de ir pra lá. Meio a contragosto, eu sei, mas que a esta hora

já deve estar bem enturmada.

Afinal, deve ter tantas coisas pra contar e para ouvir da sua própria turminha… A começar dos

seus pais, que ela mal conheceu.

Ficou órfã bem pequenininha.

O reencontro com os pais deve ter sido uma festa.

Mais interessante deve ter sido o abraço que, sem dúvida, recebeu do papai, alegre e gozador

como sempre, independentemente da dimensão em que esteja.

Com papai, ela vai falar dos tempos difíceis que andaram passando juntos quando ele tentava sua

carreira artística. Mas também vão lembrar, sem dúvida, dos bons momentos de amor e carinho

que resultaram nesta família enorme que está crescendo aqui deste lado.

E olha só quem vem chegando, também, toda sorridente como sempre: minha irmãzinha Mariza,

ao lado do meu cunhado Dino.

Estão muito bem. Até me parece que melhor do que antes.

Mamãe se derrete toda à chegada da filhinha querida. Ainda não deu para matar toda a saudade.

Mas se houver uma cozinha do tipo caipira por lá, minha vó Dita estará terminando de fazer um

café para o pessoal que vem chegando para freqüentar seu espaço (ou sua casa). Em seguida, ela

vai contar alguma das suas belas histórias. Estou com saudades de ouvi-las.

Mas no que ela terminar, meu avô Toledo já virá com seus “causos”, tudo verdadeiro e vivido,

por mais extravagante que seja a narrativa. E se lhe for permitido, o cachimbão estará à mão e na

boca, enquanto “proseia”.

E olha só o pessoal que vai entrando pela cozinha da vovó.

(Até parece coisa de antigamente, quando eu era criança e via essa turma chegando para o

café ou para o almoço na grande cozinha, com a mesa preparada para dez, doze pessoas, o

fogão cheio de panelas e caldeirões fumegantes, e a alegria de receber bem, que minha vó Dita

cultivava).

A tia Conceição vem à frente, alegre, falante, contando as anedotas mais gozadas (e meio

picantes) que me faziam corar. Ela sempre se supera contando as tais piadas.

Ao lado da tia Conceição vem o tio Zé (irmão da vó Dita), alto, elegante, como sempre, com um

banjo nas mãos. Oba! Acho que hoje vai ter um som maneiro por aqui.

Se vier o resto da banda do tio Zé, sem dúvida teremos algo pra fazer inveja ao Glenn Miller.

E a Iarinha, filha dos dois, vem atrás. Pra não desmerecer a origem, uma grande contadora de

casos e piadas, também.

Atrás vem vindo o tio Nitinho e a tia Braza (Brasilina, de batismo), conversando com minha

madrinha Anália, séria e elegante, mas que não consegue ficar muito tempo séria, com as piadas

da turma que já chegou.

A turminha do lado da madrinha deve chegar em seguida, inclusive seus dois maridos. Ou

melhor, dois ex-maridos. Já que enviuvou duas vezes quando estava por aqui.

O ambiente começa a ferver, mas tem mais gente pra chegar.

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