segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Lagarta Infeliz

Num jardim muito agradável e florido vivia uma lagarta que se sentia sempre muito infeliz.

Na verdade, ali ela tinha tudo o que precisava.

Passeava pelas plantas e se alimentava de folhas bem verdinhas e macias, e se abrigava entre os

ramos das árvores.

A lagarta era muito boa, prestativa e gostava muito de ajudar os outros, mas quem?

Todos a temiam e fugiam dela exclamando:

- Que bicho feio!
Os garotos caçoavam dela e maltratavam a pobrezinha, que corria a esconder-se entre as folhas.

Por isso, ela vivia muito triste. Possuía um coração terno e amoroso e queria muito ter amigos,

mas não conseguia aproximar-se de ninguém.

Os próprios bichos a olhavam com desdém, dizendo:

- Vejam que roupa mais feia!

E a pobre lagarta ficava cada vez mais triste e sozinha, até que, cansada de tanto ser maltratada

ela não saiu mais de casa.

Não podendo aproximar-se de ninguém, ainda assim querendo doar algo de si mesma, ela fez a

única coisa que sabia fazer: teceu lindos fios para que alguém pudesse aproveitar confeccionando

belas roupas. Como tinha muito tempo à sua disposição, ela trabalhou bastante.

Enrolou-se toda no casulo e ficou quietinha... quietinha...

Estava com tanto sono! Sentia-se tão cansada...
E a lagarta dormiu... dormiu...dormiu...

Quando acordou, sentiu-se diferente, mais leve, mais bem disposta.

Teve vontade de passear e saiu de casa.

Notou que todos os que estavam por perto a fitavam com surpresa e admiração.
- O que está acontecendo?
– pensou. Olhou-se e ficou deslumbrada.

Oh! Maravilha!
Era um lindo dia e, sob os raios do sol morno da manhã, ela percebeu que se
transformara em uma linda borboleta de asas coloridas e cintilantes.
Sem poder conter a emoção do momento, satisfeita da vida e muito, muito feliz, ela bateu as asas
brilhantes e, depois de beijar as perfumadas flores do jardim, voou para o infinito.

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