quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Arqueologia da enrolação. Simão Lorota substitui a "sensação de insegurança" por "encruzilhada civilizatória"
Depois de passar três anos procurando uma expressão que substituisse a malafamada 'sensação de insegurança', hoje a Geni de sua retórica anterior, outrora o álibi de sua incompetência na administração da segurança pública(entre outras), Simão surgiu triunfal ontem na telinha da TV Cultura e, com a cara do filho que mente aos pais dizendo que foi ao colégio quando foi mesmo ao cinema, saiu-se com essa pérola da lorotocracia mambembe. O Brasil vive uma encruzilhada civilizatória.
Porra! Passou três anos pra descobrir que o farto dinheiro disponível na mão do crime organizado, maior responsável pela violência que grassa nas grandes e médias cidades do país é, em grande parte, oriundo das mãos de parte de nossa elite e classe média alta, que sustenta tal excrescência em troca daquilo que ela fornece ao seu vício, incluídos aí notáveis globais, alguns até falastrões da moral e dos bons costumes. E a isso Lorota chamou de "encruzilhada civilizatória", quando, na verdade, não passa de decorrência da sensação discreta da impunidade, por parte daqueles que a mídia colocou acima da lei, do bem e do mal. É muita parvoice!
Agora entendo porque o então governador tucano Almir Gabriel extinguiu o IDESP. Com efeito, este havia se transformado em uma usina de produção de lorotas em quantidades industriais, sob o comando de Simão, e a partir de seu legado. Sem conseguir projetar qualquer cenário conjuntural do estado fora desse aparato, totalmente distante da realidade, restou a Almir 'cortar o mal pela raiz' jogando fora a bacia, o bebê e a água suja do banho.
Tomara que esse desbunde lorótico não leve o próximo governo do estado a um ataque de nervos, a ponto de tomar medida tão extremada quanto a tomada por Almir. Mas que 'sensação de insegurança', 'encruzilhada civilizatória' e assemelhados não passa de sociologismo rococó fora de época de quem confunde diagnóstico governamental com lábia de mascate vendedor de elixir da juventude que precisa ser urgentemente coibido.
( Nailharga )
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