Conta um
conto zen, que “estava um homem sentado no alto de um monte enquanto três
outros, lá embaixo, discutiam o que estaria ele fazendo lá em cima. O primeiro disse:
- Acho
que ele perdeu algum animal, e está procurando-o.
- Não
creio, - falou o segundo – se ele estivesse procurando algum animal, ele não
estaria parado, estaria em movimento. O mais certo é que ele esteja esperando
um amigo.
- Também
não - apostou o terceiro – se ele estivesse esperando um amigo ele estaria olhando
de um lado para o outro, com ar de quem procura. Na minha opinião ele deve
estar meditando.
Os três
subiram ao alto do monte para indagar ao homem:
- O
senhor está procurando algum animal? – perguntou o primeiro.
- Não.
– respondeu o homem – eu não tenho nenhum animal, e por isso não poderia estar
procurando animal algum.
- Já
sei – disse o segundo – está esperando algum amigo, não é?
- Não.
Não tenho amigos e nem inimigos – retrucou o homem.
- Não
disse? – interveio o terceiro – você está meditando, não está?
- Não.
– falou o homem.
- O
que está o senhor fazendo, então? - indagaram os três.
- Nada.
– respondeu o homem”.
*
Um
viajante, passando pela casa de um Rabi, perguntou admirado:
- Onde estão os teus
móveis?
A que o Rabi respondeu, perguntando:
- E os teus?
- Mas eu...retrucou o
viajante, estou só de passagem.
- Eu também – respondeu o
Rabi.
*
- Eu sou um homem muito rico, tenho casa com piscinas.
- Tenho também porcos e galinhas.
- Mas eu, tenho piscinas dentro de casa.
- Eu
também... tenho porcos e galinhas dentro de casa.
*
CERTA VEZ INDAGARAM A UM ILUMINADO:
- O QUE O SENHOR FEZ QUANDO ALCANÇOU A ILUMINAÇÃO?
- NADA – RESPONDEU O ILUMINADO – TOMEI UMA XÍCARA DE CHÁ.
*
Vivia em
uma aldeia um monge chamado Hakuim que era respeitado por todos os moradores do
lugar.
Certa vez
uma moça da aldeia ficou grávida e disse que o filho era de Hakuim.
Os pais
da moça foram à sua casa e o destrataram brutalmente. A que Hakuim disse
apenas:
- É
mesmo?
Todos os
moradores da aldeia se revoltaram contra ele e começaram a agredi-lo com
xingamentos grosseiros e jogando-lhe pedras quando ele passava pelas ruas.
Quando a
criança nasceu os pais da moça voltaram à casa de Hakuim e entregaram-lhe o
filho.
Hakuim
apenas disse:
- É
mesmo?
O monge acolheu
a criança cuidando dela com todo o carinho, pedindo esmolas para comprar o
leite para o menino e desdobrando-se em atenção com o pequeno.
Um ano
havia se passado e a moça aflita com aquela situação resolveu revelar a
verdade, dizendo que o verdadeiro pai não era Hakuim e sim o açougueiro.
Os pais
da moça voltaram envergonhados à casa de Hakuim, explicaram-lhe toda a verdade,
desculpando-se, e pediram a criança de volta.
Hakuim
escuta toda a história atento e devolve-lhes o menino dizendo:
- É mesmo?
*
Conta uma
antiga lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso foi injustamente
acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento procurou-se um "bode expiatório" para acobertar o verdadeiro assassino.
O homem foi levado a julgamento e o resultado foi a forca.
Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta historia.
O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte,
simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.
Disse o juiz: - “Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar
sua sorte nas mãos do Senhor; vou escrever em um pedaço de papel palavra INOCENTE e noutro pedaço a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto”.
”O Senhor decidirá seu destino, determinou o juiz”.
Sem que o acusado percebesse, o juiz separou os dois papéis, mas em ambos
escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem.
O juiz colocou os dois papeis em uma mesa e mandou o acusado escolher um.
O homem pensou alguns segundos e pressentindo a vibração, aproximou-se
confiante da mesa, pegou um dos papeis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude
do homem.
- Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?
- É muito fácil, respondeu o homem - basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrário.
Imediatamente o homem foi libertado.
Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento procurou-se um "bode expiatório" para acobertar o verdadeiro assassino.
O homem foi levado a julgamento e o resultado foi a forca.
Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta historia.
O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte,
simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.
Disse o juiz: - “Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar
sua sorte nas mãos do Senhor; vou escrever em um pedaço de papel palavra INOCENTE e noutro pedaço a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto”.
”O Senhor decidirá seu destino, determinou o juiz”.
Sem que o acusado percebesse, o juiz separou os dois papéis, mas em ambos
escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem.
O juiz colocou os dois papeis em uma mesa e mandou o acusado escolher um.
O homem pensou alguns segundos e pressentindo a vibração, aproximou-se
confiante da mesa, pegou um dos papeis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude
do homem.
- Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?
- É muito fácil, respondeu o homem - basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrário.
Imediatamente o homem foi libertado.
*
NEM ÁGUA
NEM LUA
Por anos
e anos, a monja Reiko estudou, sem conseguir chegar à Iluminação. Uma noite,
estava ela a carregar um velho pote cheio de água. Enquanto caminhava, ia
observando a imagem da lua cheia refletida na água do pote. De repente, as
tiras de bambu que seguravam o pote inteiro partiram-se e o pote despedaçou-se.
A água escorreu e o reflexo da lua desapareceu... e Reiko iluminou-se.
Ela escreveu estes versos:
De um modo ou de outro, tentei segurar o pote inteiro,
Esperando que o frágil bambu nunca se partisse.
De repente, o fundo caiu. Não havia mais água.
Nem mais lua na água. Apenas o vazio em minhas mãos.
E seu significado em minha alma.
Ela escreveu estes versos:
De um modo ou de outro, tentei segurar o pote inteiro,
Esperando que o frágil bambu nunca se partisse.
De repente, o fundo caiu. Não havia mais água.
Nem mais lua na água. Apenas o vazio em minhas mãos.
E seu significado em minha alma.
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