sábado, 14 de fevereiro de 2015

História em quadrinhos

Uma história em quadrinhos curtinha e que pode ser muito útil para trabalhar com leitura e interpretação de texto. Vale também para trabalhar com a lenda de Iara (Folclore).


Leitura e Produção de Texto



HORA DE SUPERAR A FAMIGERADA PEDAGOGIA DA ALIENAÇÃO


 "O Fies é um sucesso. Tíinhamos 80 mil alunos em sua fase inicial. Hoje são 700 mil, num crescimento exponencial, mais do que geométrico. Estamos falando de um programa que tem um custo anual em torno de R$ 12 bilhões. Mas esse sucesso de quantidade ainda não tem a qualidade correspondente e queremos debater isso". (Foto/247)
Cercado pelo fundamentalismo religioso e estelionatário que extorque as pessoas ao vivo pela tevê; pelo lixo musical despejado pela famigerada indústria fonográfica mancomunada com excremento televisivo como o infame 'Faustão'; e pela torrente de folhetins de péssimo gosto, tratados por vigaristas travestidos de críticos de arte como dramaturgia, o governo vê seus programas de acesso à universidade, por jovens oriundos de extratos sociais mais humildes, perderem seu sentido pedagógico mais profundo, diante do estrago que esse lixo faz na cabeça e na formação dessa juventude.

Em entrevista ao site 247, o ministro da educação, Cid Gomes, lamenta que as universidades que adotam o FIES muitas vezes tiraram nota ZERO nos conceitos do próprio ministério, demonstrando a total falta de condição dessas na formação de profissionais qualificados não só pro mercado de trabalho, mas também como integrantes de um contingente populacional formador de opinião na sociedade. Pateticamente, apesar do diploma que conquistaram, não passam de uma espécie de 'gado novo' pronto a fazer eco ao que esse lixo cultural diverso despejado em suas cabeças, cerrando fileiras ao lado desse conservadorismo acrítico e empobrecedor da inteligência do país.

Nesse sentido, o MEC pode muito. Pode, por exemplo dar um passo além na oferta de material didático que ultrapasse o cômodo e enganador texto extraído de uma obra/fonte, bem como pode tornar leituras obrigatórias nas salas de aula obras que são fundamentais na formação cultural do país. Autores como o físico José Leite Lopes, por exemplo, pode e deve ser leitura obrigatória na área das anteriormente chamadas 'ciências exatas' a fim de aguçar o espírito crítico que todo jovem carrega em si e que a escola vem negligenciando e o dia-a-dia sufocando. Com isso, abre-se a possibilidade de proporcionar ao discente a informação precisa de que não existe saber neutro, habilitando-o a decifrar os enigmas que essa ideologia reacionária que lhe é imposta seja entendida como realmente é para ser superada.

Infelizmente, mesmo com o fim formal do regime militar, ainda estamos sob o jugo de certos entulhos deixados pelo tipo de pedagogia adotada à época. Sepultar definitivamente essa pedagogia pseudo pragmática e efetivamente doutrinária é o desafio que está posto ao Ministério da Educação, nesses tempos nunca dantes vividos, de farta democratização do ensino universitário. Não precisamos de proselitismo, apenas de conhecimento profundamente crítico deste continente que se chama Brasil.
Postagem gentilmente cedido pelo blog Nailharga.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Buracos negros não existem onde o espaço-tempo não existe, afirma nova teoria


A característica mais marcante de um buraco negro é o seu Horizonte de Eventos. O Horizonte de Eventos é uma região do espaço que demarca a distância a partir da qual nada mais escapa do Buraco Negro, nem mesmo a luz.

Pelo menos é assim que funcionam os buracos negros previstos pela Teoria da Relatividade. Entretanto, uma nova teoria que foi formulada pelos físicos Ahmed Farag Ali, Mir Faizal e Barum Majumder propõe que o buraco negro não pode ser posicionado em qualquer local.

Teoria Especial da Relatividade de Einstein: o que é?

Para a nova teoria, chamada “gravity rainbow” (“gravidade arco-íris”, numa tradução livre), o espaço não exite abaixo de certo limite de comprimento, assim como o tempo não existe abaixo de certo limite de tempo.

Gravidade Arco-Íris e a quantização do espaço-tempo

É como se você fosse cortando uma régua, e obtendo pedaços menores, e cortando estes menores, até chegar às moléculas, átomos, partículas subatômicas, e continua cortando, até que chega um ponto em que não há mais o que cortar, a distância que sobra é a mínima, e não pode ser cortada. Mais ainda, só existe espaço nos limites desta distância, não dentro dela. O espaço seria, então, quantizado, ou, como dizem os cientistas, “discreto”.

Segundo a nova teoria, se o horizonte de eventos do buraco negro cair em uma destas posições que não existe, o próprio buraco negro não existe. Parece absurdo? Parece. Existem muitas teorias que tentam unificar a Teoria da Relatividade com a Mecânica Quântica, e boa parte delas funciona, mas exige que o espaço e o tempo também sejam discretos, e não contínuos.

Einstein estava certo: relatividade confirmada

Outra ideia que faz parte de muitas destas teorias é que a partir deles a energia de uma partícula não pode crescer indefinidamente, mas tem um limite máximo. Esta restrição pode ser combinada com a Teoria da Relatividade Especial e o resultado é chamado de Teoria da Relativiade Duplamente Especial, ou DSR.

O que os físicos fizeram foi generalizar a DSR fazendo incluir a gravidade, e o resultado é a “gravity rainbow”. Da mesma forma que a Relatividade prevê que a matéria curva o espaço-tempo, também a “gravity rainbow”, só que com um diferencial, a curvatura muda conforme a energia que está sendo observada.

Em poucos anos, todo o campo da física pode ser revolucionado

O Paradoxo da Informação

Um aspecto interessante desta teoria maluca é que ela pode resolver um paradoxo de 40 anos, o Paradoxo da Informação. Segundo Stephen Hawking, os buracos negros evaporam na forma da radiação Hawking, e acabam desaparecendo, mas o que acontece com a informação dos corpos que caíram dentro do Buraco Negro? O paradoxo é que ela não pode desaparecer, mas depois que o buraco negro evapora completamente, não sobra nada, nem mesmo a informação.

A explicação mais completa para o paradoxo é chamada de complementaridade de buracos negros, e se baseia na ideia de que um observador caindo em um buraco negro, e um observador que esteja à distância, observando a queda, vêem duas coisas completamente diferentes.

10 fatos surpreendentes sobre buracos negros.

O observador que está entrando vê a informação passar pelo horizonte de eventos, mas para o observador distante, ele nunca chega a atingir o horizonte de eventos, devido a alguns estranhos efeitos relativísticos da dilatação do tempo. O observador remoto vê a informação ser refletida para fora do horizonte de eventos na forma de radiação. Como os dois observadores não podem se comunicar, não há paradoxo.

A resposta para este paradoxo, pela teoria da “gravity rainbow”, é que, como não existe horizonte de eventos abaixo de certo comprimento, o observador remoto vê o observador que está caindo no buraco negro atravessar o horizonte de eventos em um tempo finito. Em outras palavras, ele vê o colega caindo no buraco negro.

A morte de um buraco negro é uma coisa bem estranha

Segundo Ali, Faizal e Majumder, os problemas e mistérios que cercam o buraco negro decorrem do espaço e do tempo serem descritos a uma escala em que eles não existem. E como não há espaço nem tempo abaixo de certa escala, não tem nada que impeça a informação de sair do buraco negro.

Para quem quiser ler o trabalho em que os cientistas explicam como a “gravity rainbow” soluciona o paradoxo da informação, basta clicar aqui. Será que esta teoria será a resposta para a física e vai acabar com os paradoxos e problemas decorrentes da tentativa de associar a Teoria da Relatividade com a Mecânica Quântica?


As Implicações Da Descoberta Do Século: Ondas Gravitacionais Do Big Bang E A Existência Do Multiverso

Alguns filmes que fazem você repensar toda sua vida


Todo mundo tem seus filmes preferidos. Aqueles que formam o caráter, ou que foram vistos em momentos especiais, outros com atuações incríveis e alguns com histórias marcantes. Mas e quando o filme tem a capacidade de mudar vida de quem assiste?

Ainda que o conceito seja bastante subjetivo, há algumas histórias que são tão bem contadas que nos deixam com cara de bobo quando os créditos começam a rolar na tela. É aquele tipo de roteiro que não sai da sua cabeça por dias e que você quer mostrar para todo mundo só para poder dividir esta experiência.
O Show de Truman (The Truman Show, 1998)
Quem já não teve a impressão de que a sua vida é um grande reality show, com câmeras espalhadas por todos os cantos, com cada movimento sendo observado e julgado? “O Show de Truman” é um retrato da sociedade cada vez mais conectada em que vivemos. Um reality show que mostra a vida toda de uma única pessoa, sem que ela saiba que está sendo filmada. A diferença para o Big Brother é que os participantes sabem onde estão se metendo – ao contrário do pobre Truman. O que você faria se fosse com você: curtiria a fama ou escolheria a liberdade?
Ps: tem também o bônus de ver Jim Carrey fazendo um papel sério – e se saindo bem.
À Espera de um Milagre (The Green Mile, 1999)

Baseado na obra de Stephen King, “À Espera de um Milagre” lida com temas sensíveis como injustiça, compaixão, preconceito, bondade e sacrifício. Pessoas presas injustamente sempre rendem uma reflexão sobre o tipo de justiça que é feita na sociedade – ainda mais quando o preso tem poderes mágicos. O filme vale ser visto também pela atuação de Michael Clarke Duncan, ator icônico que faleceu em 2012, com apenas 54 anos.
13 – Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind, 2001)

ha tênue entre a genialidade e a loucura é o fio condutor de “Uma Mente Brilhante”, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2002. A história é baseada na vida do matemático John Forbes Nash, que chegou a ser nomeado matemático sênior de investigação da Universidade de Princeton. A perseverança de Nash para superar os obstáculos que sua própria mente impunha através da esquizofrenia é, no mínimo, inspiradora.
 Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994)
Voltando à temática da prisão (e voltando também a obras baseadas em histórias de Stephen King), “Um Sonho de Liberdade” é comumente considerado um dos filmes mais inspiradores em várias listas do tipo. A história de um marido condenado à prisão pela morte da mulher, que consegue reconstruir a vida dentro da cadeia, é bastante forte. Assim como em todos os bons filmes, os personagens secundários sustentam a história de maneira consistente e precisa. Um tema bastante interessante abordado pela história é a incrível capacidade do ser humano de se adaptar a uma situação, por mais terrível que seja.
Náufrago (Cast Away, 2000)
Falando em liberdade, “Náufrago” apresenta uma outra forma de falta dela. Tom Hanks está em uma ilha paradisíaca, com um mar clarinho, areia, sombra e água fresca. Mas sozinho, por anos, sem contato algum com o mundo exterior. Náufrago é certamente um daqueles filmes que te fazem pensar sobre o sentido da vida, do universo e das relações que você está construindo com os outros seres humanos ao seu redor. Outro bom motivo para ver o filme é a tocante atuação da bola Wilson.

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004)

Se você pudesse apagar as memórias indesejadas – como, digamos, as de um relacionamento mal sucedido -, ficando apenas com o lado bom de seu passado na cabeça, você faria isso, mesmo considerando todo o aprendizado perdido? É essa a questão de “Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças”, outro filme que traz Jim Carrey fazendo um raro papel sério. Trilhando caminhos por lados obscuros da mente e da memória, o filme vai além das lembranças e coloca em pauta o valor das experiências, tanto as boas quanto as ruins, como construtoras da personalidade. Mais do que lembrar, se você pudesse fazer de novo coisas que teriam consequências tão boas quanto ruins, tão positivas quanto negativas, você faria?

127 horas (127 hours, 2010)

Esse é para quem tem estômago forte. “127 horas” também é baseado em uma história real, a do alpinista Aron Ralston, que em 2003 ficou preso pelo braço entre duas pedras quando escalava uma formação rochosa em Utah, nos EUA. O desespero, a angústia e a vontade de viver de Aron são as marcas da história, contada com habilidade pelo diretor Danny Boyle. Um clássico exemplo da vida continuando mesmo depois de um trauma grande e totalmente inesperado.

Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, 2006)

Ah, nada supera o amor familiar. Talvez apenas a loucura familiar. “Pequena Miss Sunshine” mostra as relações de uma típica família disfuncional – bom, talvez não tão típica assim: um avô desapegado de qualquer modo ou bom costume, um tio gay e suicida, um pai viciado em trabalho, uma mãe neurótica e um irmão propositalmente mudo são os parentes mais próximos de Olive, uma menina inocente e cheia de vida que tenta se enquadrar nos parâmetros sociais. O filme, que venceu diversos prêmios e foi bastante elogiado pela crítica, surpreendeu por ter tanto diretor e roteirista fazendo seus primeiros trabalhos no cinema.

À Procura da Felicidade (The Pursuit of Hapiness, 2006)

Parece que a vida real é realmente uma boa fonte de inspiração para filmes. “À Procura da Felicidade” dá um exemplo de superação baseado na história de Chris Gardner, um pai de família sem um centavo no bolso que consegue superar todas as dificuldades para dar uma vida melhor ao filho que cria sozinho. Assim como todas as adaptações, a história foi criticada (principalmente pela ex-mulher de Chris) por não apresentar os fatos exatamente como aconteceram na verdade. A essência da história, no entanto, de lutar e conseguir dias melhores, se mantém.

Na Natureza Selvagem (Into the Wild, 2007)

Ao contrário de “À Procura da Felicidade”, a busca de Christopher McCandless, personagem real de “Na Natureza Selvagem”, é por uma fuga da loucura da sociedade moderna. Formado, jovem e com dinheiro suficiente no banco, McCandless decide largar tudo e fazer uma viagem solitária até o Alasca, buscando na natureza um refúgio contra uma sociedade que acredita não fazer parte. Alexander Supertramp, pseudônimo que dá a si mesmo, é o retrato de todo jovem que passa a questionar o mundo a seu redor, mas com coragem suficiente para deixar tudo para trás e fazer o que quiser.

A Vida é Bela (La Vita è Bella, 1997)

Se há algum filme que pode ser apontado como capaz de mudar a forma como lidamos com nossos problemas, este filme é “A Vida é Bela”. Dirigido e estrelado pelo italiano Roberto Benigni, o filme encara de frente a temática da Segunda Guerra Mundial sob o ponto de vista dos judeus forçados a trabalhar e morrer nos campos de concentração. Os esforços de Guido para tornar o fardo menos pesado para o pequeno Giosué são tristes, engraçados, inspiradores e belos como a vida. Uma história de amor entre pai e filho poucas vezes retratada com tanto carinho no cinema.

Up – Altas Aventuras! (Up, 2009)

Já faz tempo que as animações deixaram de ser coisa de criança. Apesar do tom mais leve que um filme assim costuma ter, “Up” tem uma bonita história de amizade e passa uma mensagem importante de valorização e recomeço, independentemente da idade ou dos sonhos que ficaram para trás. Ah, e tem também cachorros falantes. Nada pode ser mais inspirador do que cachorros falantes.

3 – Intocáveis (Intouchables, 2011)

Filme mais recente desta lista, “Intocáveis” lida com um tema sensível como a deficiência física de uma forma livre de tabus. Driss é o típico jovem egoísta e autocentrado que passa a cuidar de um aristocrata tetraplégico. Apesar dos conflitos, os dois passam a cultivar uma inesperada amizade baseada no respeito e na sinceridade. O resultado é um aprendizado mútuo sobre a condição humana.

Efeito Borboleta (The Butterfly Effect, 2004)
Outro filme que lida com a questão do passado e das escolhas, Efeito Borboleta faz o que cada um de nós já teve vontade de fazer pelo menos uma vez na vida: voltar ao passado para mudar algo de que nos arrependemos. Em seguida, o enredo mostra como o protagonista, interpretado por Ashton Kutcher, lida com a questão das consequências que atitudes como essa causam. Cada mudança gera uma tempestade em sua vida, alterando o curso dos acontecimentos de forma incontrolável. Talvez o recado seja mesmo esse: preste bem atenção no presente, ele é a única chance que temos de fazer qualquer coisa.

A Lista de Schindler (Schindler’s List, 1993)

Na história do cinema contemporâneo, mais comuns do que filmes biográficos, só aqueles sobre a Segunda Guerra Mundial. Apostando em uma fórmula de ouro, “A Lista de Schindler” resolveu unir os dois gêneros ao contar a emocionante trajetória do alemão Oskar Schindler. Bem relacionado com a SS, a polícia nazista, ele se apropria de uma fábrica de panelas polonesa em 1939, depois da criação do Gueto de Varsóvia e do decreto que proibia que judeus fossem proprietários de negócios. Utilizando sua posição privilegiada, emprega e salva a vida de mais de mil judeus poloneses. Mostrando cenas fortes de campos de concentração e da violência dos nazistas, o longa é filmado em preto e branco, garantindo uma imersão no clima da época. Lembre-se de apertar o play tendo uma caixa bem grande de lenços à mão. Você vai precisar.